
Vivi Noronha e MC Poze juntos | Foto: Reprodução / Redes Sociais
Na manhã desta terça-feira, 3 de junho, a influenciadora digital Viviane Noronha, companheira do cantor MC Poze do Rodo, foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação tem como foco a investigação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro supostamente vinculado à facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A ofensiva policial ocorre menos de 24 horas após a soltura do artista e inclui o cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, está a residência do casal, situada em um condomínio de alto padrão na capital fluminense. Ao todo, 30 mandados estão sendo executados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além do bloqueio de ativos financeiros em 35 contas bancárias.
As apurações, fundamentadas em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), indicam movimentações atípicas nas contas pessoais e empresariais de Viviane Noronha. De acordo com os investigadores, os depósitos teriam origem em contas vinculadas a intermediários que operavam em nome da facção.
As investigações apontam que o esquema seria coordenado por Phillip da Silva Gregório, conhecido no meio criminoso como “Professor”, falecido no último domingo, 1º de junho. Estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 250 milhões provenientes do tráfico de entorpecentes e da comercialização ilegal de armamento restrito.
Segundo fontes da Polícia Civil, Viviane Noronha não apenas teria se beneficiado diretamente desses recursos, mas também exerceria um papel simbólico dentro da estrutura da organização criminosa, atuando como intermediária entre o tráfico e o universo do consumo digital.
Empreendimentos associados ao casal, como o restaurante que administram e eventos como o “Baile da Escolinha”, estão sob investigação por indícios de serem utilizados como instrumentos para dissimular a origem ilícita dos recursos. Uma produtora musical envolvida na organização de bailes funks também foi citada por supostamente receber financiamento da facção.
A operação ainda revelou o envolvimento de um dos seguranças pessoais de Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho nas regiões dos Complexos do Alemão e da Penha. Além disso, um indivíduo procurado pelo FBI sob a acusação de intermediar operações financeiras para o grupo terrorista Al-Qaeda foi identificado como parte do esquema.