
Imgem de Ana Luiza e o bolo com o bilhete | Foto: Reprodução/Redes sociais
Um trágico episódio chocou os moradores de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. A jovem Ana Luiza Oliveira Neves, de apenas 17 anos, faleceu após consumir um bolo entregue por um motoboy, acompanhado de um bilhete assinado por um suposto “admirador secreto”. Na mensagem, lia-se: “Um mimo para a garota mais linda que eu já vi”.
De acordo com relatos, pouco menos de uma hora após ingerir o alimento, Ana Luiza apresentou um quadro agudo de mal-estar, sendo prontamente levada a uma unidade hospitalar, onde recebeu atendimento médico e foi diagnosticada com um quadro de intoxicação. Na ocasião, após ser medicada, ela recebeu alta.
Contudo, no dia seguinte, a adolescente voltou a sentir-se mal e precisou ser novamente conduzida ao pronto-socorro. Infelizmente, deu entrada na unidade sem sinais vitais. O laudo médico aponta que a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória aproximadamente 20 minutos antes de chegar ao hospital.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do ocorrido. Em depoimento, a responsável pela loja onde o bolo foi adquirido declarou que a compra foi realizada por uma pessoa não identificada, acrescentando que a entrega não foi efetuada por nenhum funcionário do estabelecimento, o que amplia as linhas de investigação.
O caso, que levanta sérias preocupações sobre práticas criminosas envolvendo alimentos, remete a outros episódios semelhantes registrados recentemente no país. Em dezembro de 2024, por exemplo, três membros de uma mesma família, na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, morreram após ingerirem um bolo contaminado com arsênio, fato que também mobilizou autoridades locais.
As investigações seguem em andamento para esclarecer as circunstâncias e a motivação por trás deste crime, que revolta e comove não apenas a comunidade local, mas todo o país.