
A polêmica da chamada “Lei Anti-Oruam” ganhou novos desdobramentos. A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro discutirá uma versão local do projeto, que visa impedir que o poder público contrate artistas que promovam drogas ou o crime organizado em suas apresentações.
A proposta foi apresentada pela vereadora Talita Galhardo (PSDB) e conta com a coautoria de Pedro Duarte (Novo). Já existem projetos semelhantes em pelo menos 12 capitais, com origem em São Paulo, onde a vereadora Amanda Vettorazzo (União), do MBL, sugeriu a restrição após um vídeo polêmico nas redes sociais. Amanda acusou o rapper Oruam de promover a glorificação do crime e facções criminosas.
Talita Galhardo citou como exemplo um vídeo de Oruam interpretando a música “Faixa de Gaza” de MC Cabelinho, que menciona o Comando Vermelho. O rapper, filho de Marcinho VP, ex-líder do tráfico no Complexo do Alemão, também gerou controvérsia ao se apresentar no Lollapalooza com uma camiseta com a imagem do pai.
Além do Rio e São Paulo, cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre têm propostas semelhantes. Em nível nacional, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) apresentou um projeto paralelo com efeitos em todo o país.